Imagem de divulgação do jogo |
A essa altura do campeonato Gunman Clive já tornou-se um nome de sucesso, mas quando o conheci, ele foi uma grata e inesperada surpresa. Em uma compra na Eshop do Nintendo 3DS, acabaram me sobrando R$ 3,00 de troco, e inquieto com essa quantia, comecei a procurar por algum jogo que custasse esse preço. Me deparei com Gunman Clive, um jogo no qual já havia tido boas referências, mas que não sabia até então que fora lançado para 3DS. Decidi comprar despretensiosamente, em uma aposta de sorte que posso dizer tranquilamente que ganhei. A primeira vista, o jogo se mostra como um sidescroller bem básico, sem grandes destaques positivos ou negativos. Temos uma premissa simples, no qual a jogabilidade consiste basicamente em pular ,atirar e abaixar, além de dois power-ups presentes ao longo das fases: um dispara projéteis levemente teleguiados, e outro da um tiro triplo semelhante a arma "S" da série Contra, mas mais modesta que a mesma. Simples e direto. E simples e direto também é uma boa forma de se referir ao seu estilo de arte monocromático, que lembra antigas gravuras que de uma maneira ou de outra, remetem a antigos faroestes. E esse estilo minimalista, que para alguns pode tornar esse jogo cansativo, foi muito do que me cativou bastante em Gunman Clive. Esse jogo não precisa de muitas extravagâncias para ser bom.
Não sei o porque, mas esses mapas me trazem uma sensação de nostalgia |
É curioso, mas esse jogo tem um ar um tanto contemplativo. As músicas, mesmo empolgando, são em grande parte mais lentas e melódicas do que agitadas, indo um pouco na contramão do que é comum em jogos de plataforma. Isso combina com a atmosfera geral do jogo, que não é frenética, mas sim suave.
Simples, porém eficiente (via Gamer Side) |
Mas não se enganem, não estamos diante de um jogo parado ou estático, Gunman Clive é bastante dinâmico e cheio de vida, mesmo que ao seu modo. Ao começarmos o jogo, vemos a clássica cena da "mocinha sendo raptada", dando assim a motivação para o nosso protagonista agir. Mas caso esteja cansado de ver sempre essa mesma situação, por que não invertê-la? O jogo da a opção de inverter os papéis, jogando com a "mocinha" e salvando o pistoleiro. E isso ajuda inclusive no fator de replay, pois a jogabilidade dos dois tem algumas diferenças. Não satisfeito ainda? Após terminar o jogo com um dos personagens, é possível jogá-lo com um pato, que até então era usado como inimigo comum, e por mais bizarro que isso seja, a experiência de jogo com ele é muito boa também! Ao contrário dos outros personagens, o pato não tem nenhum tipo de ataque, te obrigando a fazer uma leitura ainda mais precisa do level design para sair ileso. Um defeito desse jogo é ele ser relativamente curto, possuindo apenas vinte fases que não são tão demoraras de se terminar, mas se tratando de um jogo de três reais, nem há como reclamar. Ainda mais quando algumas dessas fases são bem desafiadoras.
Mas para que um jogo desses de as caras em um blog de Mega Man, é de se imaginar que ele tenha algo em comum com a série, não? Quanto a isso, podem ficar tranquilos: se há algo que não falta nesse jogo são elementos e referências a Mega Man. O layout de muitos cenários lembram muito os jogos da série clássica, assim como vários puzzles e plataforma foram inegavelmente inspirados em Mega Man, como os clássicos "quadrados que somem e aparecem", e as típicas escadas, que mesmo estando presentes em vários jogos de plataforma, lembram especificamente as usadas em Mega Man. Até algumas
coisas mais inesperadas como alterações na gravidade das fases - semelhante as do Gravity Man e de fases finais de Mega Man V (Gameboy) - dão as cara no jogo. Há referências a outros jogos também, como os clássicos carrinhos de mineiro presentes em Donkey Kong Country, que ajudam a aumentar a variação no level design, assim como uma das fases finais se assemelha a um "space shooter". E é interessante que há uma certo aumento na intensidade desses elementos mais futuristas "Mega Man-like" conforme o jogo avança. Inicialmente, o level design é mais simples, e as referências a Mega Man são bem mais sutis, mas ao chegar as fases finais há um aumento drástico nelas. É até interessante que mesmo a trilha sonora, antes mais lenta, ganha um ritmo mais acelerado e eletrônico. E essas fases são uma das coisas mais "Mega Man" que já vi em muito tempo.
Cliquem no vídeo e confiram uma playlist completa
com a trilha-sonora do jogo
Aos interessados, Gunman Clive foi lançado em várias plataformas, entre elas a Eshop do Nintendo 3DS, Steam, Android e iOS. Mesmo sendo jogo um curto e singelo, pelo seu pequeno preço e ótima execução, não deixa de valer a pena. Além de render uma boa jogatina - mesmo que bem descompromissada - a influência de Mega Man sobre o layout do jogo vai servir para matar parte de sua saudade do bom e velho blue bomber. E vale dizer que Gunman Clive já ganhou uma continuação, que mesmo sem possuir a mesma personalidade do primeiro, ainda sim é um bom jogo. Divirtam-se.
Pelo menos essas fases são mais fáceis do que eram em Donkey Kong |
com a trilha-sonora do jogo
Aos interessados, Gunman Clive foi lançado em várias plataformas, entre elas a Eshop do Nintendo 3DS, Steam, Android e iOS. Mesmo sendo jogo um curto e singelo, pelo seu pequeno preço e ótima execução, não deixa de valer a pena. Além de render uma boa jogatina - mesmo que bem descompromissada - a influência de Mega Man sobre o layout do jogo vai servir para matar parte de sua saudade do bom e velho blue bomber. E vale dizer que Gunman Clive já ganhou uma continuação, que mesmo sem possuir a mesma personalidade do primeiro, ainda sim é um bom jogo. Divirtam-se.
0 Comentários:
Postar um comentário