Apesar do título estranho esse texto vai fazer sentido. É sério |
As diferenças entre Robot-Masters e Reploids são um
tanto quanto nebulosas quando pensamos
em termos práticos. E decorrente disso, surgem vários equívocos, como que
Robot-Masters não tem consciência, personalidade ou sentimentos. Quando olhamos a série clássica não é essa a
impressão que se tem. Os robôs realmente passam a sensação de serem sencientes,
independente de serem ou não em um nível próximo aos humanos. E como os
Reploids eram mais avançados que os Robot-Masters, muitos acreditaram nesses
pontos equivocados.
Na já finada revista Club Capcom, havia uma sessão de
perguntas e respostas em que "Dr. Light" respondia perguntas dos jogadores sobre
vários jogos da empresa, e entre as perguntas, sempre havia alguma sobre
Mega Man. Em sua última edição, um dos jogadores questionou sobre qual era o
nível de inteligência dos Robot-Masters construídos por Dr. Wily e Cosack. A
resposta dada foi essa: “Acho que você
gostaria de saber se os robôs de Wily e Cosack possuem "senciência"?
Naturalmente, cada um tem alguma "consciência", embora o nível de
cada "circuito cognitivo" incorporado dentro de cada um deles varia,
produzindo vários tipos "personalidade" diferentes como encontrado em
pessoas ... Assim como você ou eu, eles podem falar e ter respostas emocionais
como timidez, ou raiva, assim como nós.”
Convenhamos, eles sempre demonstraram isso (Via: Mega Man Knowledge Base) |
Essa não foi a única declaração nesse sentido. Em entrevista feita por Hitoshi Ariga como um extra de Rockman Maniax, o ex-designer da Capcom Akira Kitamura comentou mais sobre a gênese da série Mega Man, explanando sobre vários assuntos - robôs inclusos. De acordo com ele, "Em um jogo de ação, eu não acho que a história deva interromper a ação. Mas eu ainda queria mostrar um mundo mais amplo e história em outros lugares: a parte de trás da caixa, o manual de instruções, publicidade, revistas relacionadas e assim por diante. Eu escrevi todo o texto para eles. O que você disse há pouco - que você gostou da sensação "seca" da escrita lá (do manual e da capa do jogo) - que é uma maneira muito boa de colocá-lo. Esses robot - masters nasceram como seres inorgânicos, então eu acho que a escrita também deve ser um tanto seca e clínica. No entanto, esses mesmos robôs também têm sentimentos e uma personalidade, e eles têm uma subjetividade que é muito humana, na forma como eles lutam contra seu destino predeterminado - há um pathos definido lá."
Xeque-mate. Independente do quão mais avançados e humanizados fossem os Reploids, os Robot-Masters já possuíam inteligência e consciência própria. O que na minha opinião é algo ótimo, pois robôs totalmente despersonificados não são interessante como personagens, e é notório como a série Mega Man fazia o possível para dar destaque a seus vários robôs.
Manual do primeiro Rockman |
Xeque-mate. Independente do quão mais avançados e humanizados fossem os Reploids, os Robot-Masters já possuíam inteligência e consciência própria. O que na minha opinião é algo ótimo, pois robôs totalmente despersonificados não são interessante como personagens, e é notório como a série Mega Man fazia o possível para dar destaque a seus vários robôs.
Obs: se você não entendeu a referência no título da matéria, chegou a
hora de ler mais livros de ficção científica.
Eu sempre achei que eles tinham personalidade. Impossível olhar por exemplo para as atitudes do Blues ou do Rock e achar que eram "vazios". Fora no Rockman & Forte que mostra as preferências, coisas que gostam, não gostam etc.
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