Rockman Central Recomenda - Dark Void Zero



     Texto publicado originalmente na página Rockman. Aos interessados, cliquem aqui e deem uma olhada lá. Irei retomar essa sessão - que surgiu originalmente na pág. Rockman - aqui no blog, trazendo as vezes alguns textos antigos, mas com o foco em novas dicas de jogos. Fiquem de olho.


    Estava vasculhando aleatoriamente os jogos do Dsi Ware, quando por mero acaso acabei me deparando com essa perola esquecida chamada  Dark Void Zero. O seu trailer capturou minha a atenção, pois o que estava diante dos meus olhos era um jogo de plataforma "run n' gun", com visual 8-Bits bem caprichado, e ainda por cima feito pela Capcom. Isso até lembra uma certa série conhecida, não acham?
Quem aqui nunca passou
por isso?
Intrigado, decidi pesquisar mais sobre o jogo e encontrei uma história curiosa, e não me refiro ao enredo do jogo, mas sim a sua produção. Era dito que em "198X", a Capcom estava planejando criar um jogo de plataforma revolucionário chamado Dark Void. Seu desenvolvimento acabou tendo problemas, sendo constantemente adiado até por fim ser engavetado. Anos depois, o projeto de Dark Void foi reiniciado e deu origem a um jogo de mesmo nome lançado para PS3, Xbox 360 e PC. Mas o jogo original ainda estava perdido no tempo, e seus conceitos inovadores não poderiam ser simplesmente abandonados. Para resolver tal impasse, Dark Void Zero foi criado a partir do conceito original do antigo Dark Void, servindo de prelúdio aos acontecimentos do Dark Void da nova geração. Inocentemente, me apaixonei por essa história e acabei comprando o jogo. É até engraçado que, quando o jogo começa, você deve soprar o microfone do DS/3DS para que uma fita que aparece na tela seja “limpa” antes do jogo começar. Pode até ser algo bobo, mas ajudava a criar o clima de "clássico perdido do passado."

    Fascinante a história, não acham? Uma pena que ela não passou de uma peça publicitária da Capcom! Isso mesmo, Dark Void Zero e toda essa história sobre ele na verdade não passaram de propaganda para Dark Void, que no fim das contas acabou tendo um mal desempenho, tanto em vendas quanto em críticas. Mas não foi uma perda total, pois Dark Void Zero compensou todos os problemas de seu irmão maior e acabou se mostrando ser um grande jogo. Seu enredo tem como plano de fundo a invasão da raça alienígena “Watchers”, e os portais nos quais eles usam para se transportar até a Terra.
Senti um pouco de falta de identidade no enredo e personagens, apesar dos mesmos não serem de todo ruim. De alguma maneira eles funcionam bem, e servem como plano de
Mapa de uma das fases do jogo. Simples,
mas já adiciona um diferencial a mais
fundo para a ação – que convenhamos, é o foco aqui. No geral, a jogabilidade é precisa e sem grandes defeitos. Nosso protagonista começa com uma arma básica, no qual pode mirar para oito direções diferentes na hora de atirar. Além disso, ele possui uma mochila a jato que pode ser encontrada durante as fases, permitindo que se voe livremente pelo cenário, com exceção de algumas áreas. Há bastante power ups disponíveis, que podem servir tanto para melhorar sua arma quanto para criar escudos e coisas do gênero. Outra coisa interessante - e que na verdade é uma das grandes sacadas desse jogo -  é o fato das fases não seguirem uma estrutura linear, mas sim vários caminhos que podem ser explorados e itens que devem ser encontrados, de maneira semelhante a um “metroidvania”. Ou seja, ao invés de termos apenas que chegar no final da fase, temos pequenas missões para cumprir e alguns desafios extras para completar, dando uma maior dinâmica ao jogo. E graças ao fato dele ser dividido em fases, os mapas nunca são grandes demais, fazendo que não fique massante explorar o cenário. É quase um "Metroidvania-Arcade".

O visual simples e elegante do NES caiu
 muito bem nesse jogo
     Os gráficos e trilha sonora estão sob medida, e te convencem de fato de que o jogo foi feito para o NES , ajudando a reforçar a lenda que a Capcom criou para ele. Um contra que ele possui é a sua curta duração, mas levando em conta que é um jogo barato, não chega a ser ser algo muito frustrante, e justamente por ser gostoso de se jogar, acaba tendo um certo fator de replay.  Dark Void é envolto de um grande sentimento de nostalgia, que me fez voltar a época onde eu passava tardes inteiras jogando no meu bom e velho - mais velho que bom, admito - “famiclone”. Mas mais que nostalgia, ele entrega uma experiência sólida e bastante divertida, que para quem gosta de jogos de plataforma vale muito a pena. Se convence como "jogo lendário perdido no tempo"? Sinceramente eu diria que não, mas isso não muda o fato do jogo ser divertido, e toda essa história criada em volta dele ser engraçada. Além de ser lançado no Dsi Ware, o jogo também foi lançado para PC e iPhone, o tornando bem acessível para vários públicos. Ou seja, joguem!
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