Chegou a hora de tratar um tema um tanto quanto espinhoso. A série clássica, que ano passado ganhou um novo capítulo, segue sem um encerramento propriamente dito. E por mais que isso não seja exatamente um problema, é algo que incomoda muitos jogadores e os leva a especular. Keiji Inafune já deu respostas no sentido de negar um final, enquanto a Capcom tende a ir na direção contrária, mas nunca expõe nada. Logo, ninguém sabe se de fato há planos para um final. E se não há consenso nem entre quem criou tais jogos, que dirá entre os jogadores? Mas é justamente por tamanha falta de clareza que tal questão se torna interessante: ela ganha ares de mistério. Baseado tanto em pesquisa quanto em minha opinião, listo cinco possíveis finais para a série clássica, com mais algum adendo sobre a real necessidade deles. Não necessariamente eu acredito que todos esses finais teriam chances de serem feitos de maneira oficial, mas sim que, dados os eventos da série, seriam passíveis de acontecer. Sem mais delongas, vamos a lista:
5° - Rock foi convertido em Quint e viveu anonimamente
Um dos jogos que mais se aproxima de mostrar um final para a série clássica é Mega Man II (Rockman Wolrd 2), do Gameboy. O jogo envolve viagens no tempo, no qual Dr. Wily viaja para um futuro em que Rock foi convertido em Quint, um robô pacífico. Wily sequestra Quint e o leva ao passado (que é o seu presente... Viagens no tempo podem ser complicadas), fazendo com que ele confronte o Mega Man do presente. Devido a interferência de Wily, talvez esse futuro nunca venha a acontecer, transformando o mundo de Quint em um futuro alternativo. Porém, ainda é possível que esse futuro tenha se concretizado e que Rock ainda tenha sido convertido em Quint. E isso não só é possível como explicaria muitas coisas.
Veja bem, essa seria uma ótima explicação do porque o paradeiro de Rock é aparentemente desconhecido durante a série X. Se ele virasse Quint e parasse de lutar, seria questão de tempo para que ele deixasse de ficar em evidência. Por mais que ele fosse importante, com o passar dos anos novos heróis surgiriam e ocupariam seu lugar (e parando para pensar, foi o que X fez) enquanto Quint aproveitaria sua merecida aposentadoria com a devida tranquilidade. Mas esse final explica qual o destino final de Mega Man como guerreiro, mas não explica qual é o final absoluto do personagem. Esse final responderia uma pergunta, mas ainda deixaria outra. O que me leva ao próximo item da lista.
O que acontece após essa batalha segue sem maiores esclarecimentos |
Veja bem, essa seria uma ótima explicação do porque o paradeiro de Rock é aparentemente desconhecido durante a série X. Se ele virasse Quint e parasse de lutar, seria questão de tempo para que ele deixasse de ficar em evidência. Por mais que ele fosse importante, com o passar dos anos novos heróis surgiriam e ocupariam seu lugar (e parando para pensar, foi o que X fez) enquanto Quint aproveitaria sua merecida aposentadoria com a devida tranquilidade. Mas esse final explica qual o destino final de Mega Man como guerreiro, mas não explica qual é o final absoluto do personagem. Esse final responderia uma pergunta, mas ainda deixaria outra. O que me leva ao próximo item da lista.
Ainda que seja improvável - pra não dizer impossível - que a Capcom sequer pense em terminar a série dessa forma, esse final é um destino quase inevitável se formos analisar friamente. E justamente por isso, é também o mais pessimista. Após a morte de Dr. Light, Cosack ainda poderia manter Rock e Roll funcionando. E não só isso, ele anida poderia ser o elo deles com a humanidade, da mesma forma que o Dr. Light era. Kalinka poderia se tornar cientista e dar sequência a esse processo, mas mesmo ela não vai viver eternamente. Em algum momento, qualquer outro amigo humano que Rock tenha tido vai acabar envelhecendo e morrendo, deixando-o sozinho preso em um corpo de criança. Da mesma forma, outros Robot Masters inevitavelmente teriam problemas, com nem todos tendo conserto, já que uma máquina não pode ser consertada infinitamente ou pode simplesmente sofrer um acidente. Não é absurdo que em um futuro não tão próximo, Rock, Roll, e qualquer outro dos robot-masters originais da série possam ter pedido para não serem mais consertados, seguindo suas vidas até que deixassem de funcionar. Dessa forma, eles completariam seu ciclo de vida e atingiam enfim sua humanidade, encarando sua finitude como qualquer humano terá de fazer algum dia. Isso explicaria o final absoluto de Mega Man, mas ainda sim, é tão pouco heroico que mesmo que fosse de fato acontecer, não seria algo que teria espaço em um jogo. Se o personagem for morrer, que seja lutando. O que leva ao próximo item.
3° - Se sacrificou de forma heroica para salvar o mundo
Não seria a primeira vez que algo assim acontece em Mega Man. A série Mega Man Zero termina de forma um tanto quanto semelhante a essa, com resultados extremamente satisfatórios e coerentes. Obviamente que o tom das séries clássica e Zero é praticamente oposto, mas independente da seriedade da jornada de Zero, seu final foi tão heroico quanto um bom Mega Man deve ser. Uma aposta arriscada, mas que poderia funcionar.
Mas ainda haveriam alguns problemas em terminar a série dessa forma. Primeiro, matar Mega Man em um jogo pode não ser o maior problema do cataclisma, mas ainda é um problema. Matar um protagonista em uma série infantil não é impossível, mas é o tipo de ousadia que não se espera de todas as obras, principalmente as com grande apelo comercial. Segundo, se Wily sobrevivesse, o que garantiria que ele não tentaria repetir seu plano? Por outro lado, Rock matar Wily no final da série é algo que a Capcom nunca faria por motivos óbvios. Se fosse preso, ainda poderia escapar, restando como solução que Wily morresse acidentalmente em seu último ato. Isso seria coerente e aceitável, e já fora insinuado antes em Mega Man 3. Porém, com Wily morto, como ele criaria Zero e o Vírus Maverick? Ou eles já estariam prontos? Mesmo se já estivessem, o jogo teria que gastar tempo explicando isso, o que pode gerar problemas. Talvez uma solução fosse fazer uma ameaça espacial, como em Mega Man 8 e Mega Man V (Gameboy). Com Wily fora de foco, seria possível criar um contexto onde todas essas peças se encaixariam perfeitamente. E falando em espaço...
2° - Mega Man vai com Duo para o espaço
Se eu fosse escolher um possível final para a série clássica, provavelmente seria esse. Talvez não seja o melhor, tampouco o mais simples, mas traria uma simbologia interessante e abriria várias possibilidades. E há varias formas de se chegar nesse ponto, com várias consequências diferentes. Imaginemos algumas. Rock, ciente de que X foi (ou ainda seria, dependo de quando esse final supostamente aconteceria) construído para proteger o futuro, decide partir com Duo, para assim seguir evoluindo de modo que seria impossível na Terra. Isso encerraria definitivamente o ciclo do personagem, ao passo que também o eternizaria, elevando-o a um nivel cósmico. E de quebra, adicionaria peso à jornada de X. Haveria uma certa noção de legado e continuidade que na prática não existe nessas duas séries.
Sem contar que isso poderia ser um recomeço e abrir espaço para novas aventuras espaciais para a série, mas como a ideia aqui é discutir finais, deixemos a ideia para outro dia. Um último Mega Man poderia envolver Duo, retornando a Terra para nos salvar de uma grande ameaça. Rock poderia decidir ir embora com ele no final da história, ou poderia ter sido danificado ao ponto de só poder ser reparado por uma civilização mais avançada como a que Duo deve pertencer. Há várias formas de fazer isso, e em todas elas o personagem ascenderia a um novo plano ao invés de ser apenas destruído ou desativado. Como já disse anteriormente, a série se encerraria eternizando o personagem. De novo, o único problema seria Wily, mas o tópico acima já discutiu as formas como isso poderia ser contornado.
Sem contar que isso poderia ser um recomeço e abrir espaço para novas aventuras espaciais para a série, mas como a ideia aqui é discutir finais, deixemos a ideia para outro dia. Um último Mega Man poderia envolver Duo, retornando a Terra para nos salvar de uma grande ameaça. Rock poderia decidir ir embora com ele no final da história, ou poderia ter sido danificado ao ponto de só poder ser reparado por uma civilização mais avançada como a que Duo deve pertencer. Há várias formas de fazer isso, e em todas elas o personagem ascenderia a um novo plano ao invés de ser apenas destruído ou desativado. Como já disse anteriormente, a série se encerraria eternizando o personagem. De novo, o único problema seria Wily, mas o tópico acima já discutiu as formas como isso poderia ser contornado.
Dito tudo isso, abro parenteses antes do último final para fazer uma pergunta: a série clássica realmente precisa de um final absoluto? Pensem bem, em algum momento você já desejou que Mario, Sonic, Donkey Kong, Crash, entre outros mascotes tivessem finais? Será que um final contribuiria para essas franquias? Talvez a grande diferença dessas séries para Mega Man é que elas não possuem sub-séries em seus futuros. Isso deu a falsa ilusão de que a série Mega Man como um todo é dependente de cronologia claramente demarcada. Isso pode ser verdade da série X em diante, mas para a série clássica não faz tanto sentido. Notem, sua extrutura básica é episódica, e mesmo que sempre hajam elementos que são adicionados a série a longo prazo (como Bass e Treble) e que passem a ser parte dela, o básico da série nunca muda. E isso é porque ela nunca quis chegar em algum lugar e acabar, mas sim manter sua continuidade. É quase como os gibis de supers: elas podem ter continuidade, e suas histórias curtas e arcos longos podem adicionar novidades, mas os personagens seguem seu histórico infinito de publicações enquanto eles ainda vendem. O mesmo se aplica a série clássica. Enquanto o personagem funcionar, ele pode continuar recebendo novos jogos.
Mas a série clássica pode até ser conceitualmente infinita, mas dificilmente será em termos práticos, pois além de haver um limite para a fórmula, as várias outras sub-séries tornam-se saídas mais fáceis para continuações. Um final seria uma forma de preservar a mesma, sempre havendo a possibilidade de resgatá-la com reboots e afins. Mas se um final absoluto não é totalmente necessário, assim como a série não é necessariamente infinita, como criar um meio termo entre essas duas situações? Algo com ares de final, mas que não encerra as aventuras de forma absoluta? Na verdade, essa solução não só existe como já foi feita, mas não foi totalmente mantida ou percebida como tal.
1° - O final de Mega Man 9
Mega Man 9 é um dos jogos mais mal compreendidos de toda a série Mega Man. Mais que um exercício de nostalgia, o jogo era um resgate e um adeus a uma época que já se foi. Reparem, o jogo foi lançado em uma contexto em que Mega Man se mostrava cada vez mais inviável comercialmente, mas que ainda gerava demanda de seus consumidores de longa data que ansiavam por algo. Para compreender o jogo, é necessário compreender esse contexto. Mega Man 9 foi um verdadeiro exercício de retorno a velha identidade. Um "back to basic" que ifluenciou até mesmo Mega Man 11. E caso vendesse mal, seria uma despidida simbólica de uma era, e caso vendesse bem (e vendeu), poderia ser o ponto de partida de o reinicio da série. Talvez por isso, seu subtítulo "o retorno da ambição" seja mais do que um aceno ao retorno de Dr. Wily, mas uma pequena brincadeira metalinguística.
Notem que após o sucesso de Mega Man 9, projetos até então inimagináveis como Mega Man Legends 3 e Mega Man Universe foram anunciados. É notável como a série estava renascendo, e que caso não tivesse sido abortada pela Capcom, talvez não tivessemos tido que esperar tanto tempo por um Mega Man 11, entre outras coisas. Mas voltando a Mega Man 9, talvez algumas dessas coisas não tenham sido intencionais, mas independente de intencionalidade, ele tem tudo pra funcionar como um excelente final simbólico para a série clássica. Antes dele, Mega Man 8 era o último jogo "numerado" da série, e por mais que ele também seja uma homenagem (o jogo foi lançado quase junto ao aniversário de dez anos da série), seu final é vago demais. Mega Man & Bass é mais enfático em definir os personagens e gerar um status quo mais digno de um fim, mas tratar como fim um jogo que ficou anos restrito ao Japão, e que só chegou ao outro lado do mundo por meio de um port mal feito parece um desleixo enorme. Por outro lado, Mega Man 9 gerou uma recepção extremamente calorosa e teve grande cobertura da mídia. Já é relevância o suficiente, só faltam as nuances adequadas a um final. Ou melhor, não faltam.
Mega Man 9 tem alguns twists que o fazem um bom final. O mundo estava se tornando pacífico, e Wily já começa a ser esquecido como uma ameaça (fazendo de novo uma brincadeira metalinguística com a própria situação da série clássica). Mas as coisas não são tão simples. Temos uma crise de superprodução de robot masters, gerando uma revolta nos robôs por seu direito de viver. Para piorar, tal revolta é encabeçada por ninguém menos que robôs construídos por Dr. Light, que não só foi desacreditado como preso. Mega Man tem uma tarefa um tanto árdua pela frente. Aqui, ele não terá apenas que parar essa revolta, como encontrar algum meio de expor Wily e inocentar o Dr. Light. Seu enredo tem um tom de climax, e isso pode ser explicado pelo envolvimento da Inti Creates, que sempre gostou de tramas mais bem elaboradas e com tom grandiloquente. Ainda sim, fica uma impressão de "arco final". Ao derrotar Wily, Mega Man se ve em um pequeno dilema. Wily, como de costume, implora por piedade. Mas a cena que se segue consegue abraçar de maneira divertida e sagaz toda a jornada desses personagens até aqui. E se Wily não encontra seu final absoluto, o desfecho do jogo consegue ser divertido, belo e até edificante.
E qual o problema desse final? Bem, o problema se chama Mega Man 10. Vejam bem, mesmo considerando-o um jogo bom (em minha opinião, ele é fácilmente superior a o primeiro, quinto, sétimo e talvez até ao oitavo e sexto jogos da série) eu ainda o vejo como uma continuação mal pensada. Pelo menos mal pensada dado o contexto. Seu final fecha muito bem a sua história, mas o destino de Wily no jogo da a sensação de que ainda teríamos um novo jogo em seguida. Mas não tivemos nenhum jogo por anos. E com a saída de Inafune da Capcom, caso ele tivesse algo em mente, nós perdemos a chance de ver tal ideia se concretizando. Mas anos depois, já sem Inafune, finalmente tivemos Mega Man 11, que por buscar reviver - de novo - Mega Man, também não pode nem deve ser cobrado de ter que inserir um final simbólico para a série, que dirá um absoluto. Mas ao menos o jogo é bem escrito, veio em boa hora e vai buscar na origem dos personagens a inspiração de sua trama. Talvez ele acabe se tornando, mesmo sem a intenção de ser, um final simbólico. Mas sua existência ainda é muito recente para debater essa ideia como ela merece. O tempo tratará de responder a essa questão.
Se há uma possível conclusão possível sobre como a série clássica acaba é que criar um final para ela é uma tarefa mais árdua. Se todos os possíveis finais são problemáticos, o que deve ser feito? É claro, essas não são as únicas formas de se encerrar a série Mega Man. Há outras possibilidades que não julgo tão boas, mas que a Capcom pode considerar viáveis. Mega Man e companhia podem estar selados em algum lugar esperando uma chance de voltarem a ativa, podem seguir lutando, mesmo em escala menor - no mundo da série X em diante. Podem ter ido fazer qualquer outra coisa que seja. Mas o ponto não é esse, mas que talvez o "custo-benefício" de um final seja grande demais para valer o risco. O que leva a uma pergunta final: a série clássica deve mesmo terminar? Qual seria a melhor forma de fazer esse final? Se possível, respondam nos comentários.
Mas a série clássica pode até ser conceitualmente infinita, mas dificilmente será em termos práticos, pois além de haver um limite para a fórmula, as várias outras sub-séries tornam-se saídas mais fáceis para continuações. Um final seria uma forma de preservar a mesma, sempre havendo a possibilidade de resgatá-la com reboots e afins. Mas se um final absoluto não é totalmente necessário, assim como a série não é necessariamente infinita, como criar um meio termo entre essas duas situações? Algo com ares de final, mas que não encerra as aventuras de forma absoluta? Na verdade, essa solução não só existe como já foi feita, mas não foi totalmente mantida ou percebida como tal.
1° - O final de Mega Man 9
Mega Man 9 é um dos jogos mais mal compreendidos de toda a série Mega Man. Mais que um exercício de nostalgia, o jogo era um resgate e um adeus a uma época que já se foi. Reparem, o jogo foi lançado em uma contexto em que Mega Man se mostrava cada vez mais inviável comercialmente, mas que ainda gerava demanda de seus consumidores de longa data que ansiavam por algo. Para compreender o jogo, é necessário compreender esse contexto. Mega Man 9 foi um verdadeiro exercício de retorno a velha identidade. Um "back to basic" que ifluenciou até mesmo Mega Man 11. E caso vendesse mal, seria uma despidida simbólica de uma era, e caso vendesse bem (e vendeu), poderia ser o ponto de partida de o reinicio da série. Talvez por isso, seu subtítulo "o retorno da ambição" seja mais do que um aceno ao retorno de Dr. Wily, mas uma pequena brincadeira metalinguística.
Notem que após o sucesso de Mega Man 9, projetos até então inimagináveis como Mega Man Legends 3 e Mega Man Universe foram anunciados. É notável como a série estava renascendo, e que caso não tivesse sido abortada pela Capcom, talvez não tivessemos tido que esperar tanto tempo por um Mega Man 11, entre outras coisas. Mas voltando a Mega Man 9, talvez algumas dessas coisas não tenham sido intencionais, mas independente de intencionalidade, ele tem tudo pra funcionar como um excelente final simbólico para a série clássica. Antes dele, Mega Man 8 era o último jogo "numerado" da série, e por mais que ele também seja uma homenagem (o jogo foi lançado quase junto ao aniversário de dez anos da série), seu final é vago demais. Mega Man & Bass é mais enfático em definir os personagens e gerar um status quo mais digno de um fim, mas tratar como fim um jogo que ficou anos restrito ao Japão, e que só chegou ao outro lado do mundo por meio de um port mal feito parece um desleixo enorme. Por outro lado, Mega Man 9 gerou uma recepção extremamente calorosa e teve grande cobertura da mídia. Já é relevância o suficiente, só faltam as nuances adequadas a um final. Ou melhor, não faltam.
Mega Man 9 tem alguns twists que o fazem um bom final. O mundo estava se tornando pacífico, e Wily já começa a ser esquecido como uma ameaça (fazendo de novo uma brincadeira metalinguística com a própria situação da série clássica). Mas as coisas não são tão simples. Temos uma crise de superprodução de robot masters, gerando uma revolta nos robôs por seu direito de viver. Para piorar, tal revolta é encabeçada por ninguém menos que robôs construídos por Dr. Light, que não só foi desacreditado como preso. Mega Man tem uma tarefa um tanto árdua pela frente. Aqui, ele não terá apenas que parar essa revolta, como encontrar algum meio de expor Wily e inocentar o Dr. Light. Seu enredo tem um tom de climax, e isso pode ser explicado pelo envolvimento da Inti Creates, que sempre gostou de tramas mais bem elaboradas e com tom grandiloquente. Ainda sim, fica uma impressão de "arco final". Ao derrotar Wily, Mega Man se ve em um pequeno dilema. Wily, como de costume, implora por piedade. Mas a cena que se segue consegue abraçar de maneira divertida e sagaz toda a jornada desses personagens até aqui. E se Wily não encontra seu final absoluto, o desfecho do jogo consegue ser divertido, belo e até edificante.
E qual o problema desse final? Bem, o problema se chama Mega Man 10. Vejam bem, mesmo considerando-o um jogo bom (em minha opinião, ele é fácilmente superior a o primeiro, quinto, sétimo e talvez até ao oitavo e sexto jogos da série) eu ainda o vejo como uma continuação mal pensada. Pelo menos mal pensada dado o contexto. Seu final fecha muito bem a sua história, mas o destino de Wily no jogo da a sensação de que ainda teríamos um novo jogo em seguida. Mas não tivemos nenhum jogo por anos. E com a saída de Inafune da Capcom, caso ele tivesse algo em mente, nós perdemos a chance de ver tal ideia se concretizando. Mas anos depois, já sem Inafune, finalmente tivemos Mega Man 11, que por buscar reviver - de novo - Mega Man, também não pode nem deve ser cobrado de ter que inserir um final simbólico para a série, que dirá um absoluto. Mas ao menos o jogo é bem escrito, veio em boa hora e vai buscar na origem dos personagens a inspiração de sua trama. Talvez ele acabe se tornando, mesmo sem a intenção de ser, um final simbólico. Mas sua existência ainda é muito recente para debater essa ideia como ela merece. O tempo tratará de responder a essa questão.
Se há uma possível conclusão possível sobre como a série clássica acaba é que criar um final para ela é uma tarefa mais árdua. Se todos os possíveis finais são problemáticos, o que deve ser feito? É claro, essas não são as únicas formas de se encerrar a série Mega Man. Há outras possibilidades que não julgo tão boas, mas que a Capcom pode considerar viáveis. Mega Man e companhia podem estar selados em algum lugar esperando uma chance de voltarem a ativa, podem seguir lutando, mesmo em escala menor - no mundo da série X em diante. Podem ter ido fazer qualquer outra coisa que seja. Mas o ponto não é esse, mas que talvez o "custo-benefício" de um final seja grande demais para valer o risco. O que leva a uma pergunta final: a série clássica deve mesmo terminar? Qual seria a melhor forma de fazer esse final? Se possível, respondam nos comentários.
Isso me lembra uma vez quando Igarashi questionado ao mudar algumas coisas em Castlevania de Dracula ressucitar a cada 100 anos, por ele ressucitar em qualquer momento, ele disse que se for seguir a risca não iria haver novos games da franquia. Acredito também que Castlevania não precisa também de um final (apesar de que Dawn of Sorrow é o ultimo e o Aria é um final digno) e nem ficar explicando furos, mas sim ter novos games. Espero ansioso pelo Bloodsteined.
ResponderExcluirhttps://uploads.disquscdn.com/images/54394f59431c6d9d0f45b0c12a03903d5a0318e18135e4d52fc2663865bb00f7.png
ResponderExcluirOriginalmente acabou em 1993 - a 7 não era pra existir e a X subistituir a As de nes .
Por isso que Dr Wily é preso e Fim da Serie Classica.
Devido a demanda e sucesso da Saga X vendendo + 1 Milhão e meio e a X2 - Capcom revive a 7 .
Por isso Dr Wily é solto para Justificar.
A 8 não tem história como a Nova geração fez sucesso Descavo a 8 pra vender .
Oficialmente Termino na 6 - Ai a Galera quer nem saber e Junta a História da 7 que foi pra vender Jogos com a 8 que nem história Cronologica tem com as Outras que Tb só existe pra enxer Linguiça.
Podemos Dizer que acabou na 6 mas Foi até a 8 .
Rock e Bass 9 10 11 é Tudo pra enxer Linguiça .
Fora os ZEERETES que tem que ser o Zero que matou Tudo é o ZERO -
Megaman tem + 80 Jogos Todos estrelados com o Megaman tem animes etc MAS FOI O ZERO é o Zero até no Jogo do Zero tem o Megaman , Mas os Fans querem que seja o Zero e é capaz da Capcom fazer de tão perdida que ela está.
E SIM A CAPCOM NÃO SABE O QUE FAZER COM O MEGAMAN - essa que é a verdade fui
Essas informações não conferem. Não sei se você chegou a jogar Mega Man 6, mas o jogo termina afirmando que a série continuaria. Além disso, Mega Man X foi produzido simultaneamente a outros títulos da série clássica, e já em 1994 nós tivemos títulos da série clássica sendo lançados, como Mega Man V (Rockman World 5) e Mega Man Soccer. E de quebra, ainda havia licenciamentos e outros produtos relacionados a série clássica sendo vendidos nesse período. Essa narrativa de que a série acabaria no 6 não tem base real. E você pode não gostar dos jogos que seguem do sete em diante, mas eles são tão Mega Man quanto qualquer outro título da série clássica ou X, se eles não satisfazem o seu gosto ou a sua narrativa do que deve acontecer com Mega Man, bem, eu lamento. Mas concordo quanto a miopia do fandom em relação a Zero. O personagem é bom, mas já cumpriu seu papel e pode descansar em paz sem precisar interferir na série clássica. Assim é melhor para a série e melhor para o personagem.
ResponderExcluirO que o Iga fez foi buscar formas de criar variações na formula da série para evitar a saturação, e na minha opinião ele foi muito bem sucedido em sua empreitada.
ResponderExcluirFalou muito, mas falou bosta hein, colega.
ResponderExcluirO maluco ligou a metralhadora de bosta pra soltar um monte de informação que ele tirou do cú. E ainda paga de entendedor do mercado...puts...
ResponderExcluirEsse papo de Zerete surgiu entre a molecada de 14 anos que não entendeu porra de nenhuma do game, cresceu (só no corpo) achando que o Zero rouba os holofotes de geral só porque o Inafune fez a série Zero. Aí passara. A atacar o Inafune a torto e a direito, falando que ele é um merda e tal.
Na real não existe um fã clube do zero e sim retardados que estão butthurt ppr causa do personagem em si.
Acho besta também forçar um final pra série clássica. A gente tem uns 30 homem-aranhas do futuro e mais uma bacia de dimensões paralelas e ninguém quer cancelar o Peter Parker.
ResponderExcluirO formato episódico é feito pra não ter final no horizonte, já que é focado na marca e não na história. Eu só queria uma coisa de verdade: dá férias pro Wily. Eu queria que o Rock tivesse uma rogues gallery mais diversificada e significativa, não só de Wily fakeouts.
Mas excelente matéria como sempre, André. Tô atrasado, mas o hype em Mega Man voltou em mim agora lol
mano, compara a força dos personagens do Megaman X aos do Clássico, os da saga X são melhores, não acredito na teoria que SÓ O ZERO tenha matado todos, pois isso não faria sentido, ele é tipo o kilillin só que de Megaman. ele provavelmente matou alguns e outros morreram por outros motivos, é algo meio simples, e não precisava xingar os jogos, deixa a CAPCOM fazer oque quiser.
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